segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Sobre o filme "A Vida é Bela"



A Vida é Bela!

A seguir a síntese do filme "A Vida é Bela", vencedor de 3 Oscars, (emocionante, comovente, humano, belo!) trabalhado no CEFET-MA em novembro de 2008, com os estudantes das turmas de Desing (2 ano) e de Eletrotécnica (1 ano), na disciplina de filosofia, tendo como fundamentação teórica o tema: valores, liberdade e Ética. O debate em sala possibilitou questões interessantes sobre os personagens, que no contexto do filme foram envolvidos num cenário de extrema ausência de liberdade e de perda da dignidade humana, os campos de concentração nazista durante a Segunda Grande Guerra. Contudo, a relação de amor entre Guido, sua amada Dora e seu filho Giosué é o ponto-chave do enredo. O amor é o que alimenta o sonho do pai em dar ao filho um presente (por ironia, um tanque de guerra), que certamente virá, se Giosué acreditar que é verdade. O sonho da liberdade, tantas vezes limitado por condições inóspitas, ressurge aqui como presença fecunda de um amor sem limites.
Como culminância das atividades, os jovens filósofos produziram textos dissertativos procurando envolver o tema estudado com o filme apresentado.

Ficha Técnica:

Título Original: La Vita è Bella
Gênero: Comédia Dramática
Tempo de Duração: 116 minutos
Ano de Lançamento (Itália): 1997
Direção: Roberto Benigni
Roteiro: Vincenzo Cerami e Roberto Benigni
Produção: Gianluigi Braschi e Elda Ferri
Música: Nicola Piovani
Direção de Fotografia: Torino Delli Colli
Desenho de Produção: Danilo Donati
Direção de Arte: Danilo Donati
Figurino: Danilo Donati
Edição: Simona Paggi

Elenco: Roberto Benigni (Guido Orefice), Nicoletta Braschi (Dora), Giorgio Cantarini (Giosué Orefice), Giustino Durano (Tio de Guido), Sergio Bini Bustric (Ferruccio Papini), Marisa Paredes (Mãe de Dora), Horst Buchholz (Dr. Lessing), Amerigo Fontani (Rodolfo), Pietro De Silva (Bartolomeo), Francesco Guzzo (Vittorino).

Sinopse: Na Itália dos anos 40, Guido (Roberto Benigni) é levado para um campo de concentração nazista e tem que usar sua imaginação para fazer seu pequeno filho acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência que os cercam.

Abraços fraternos a todos os amigos e amigas da sabedoria,
Jorge Leão

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Para os jovens do corpo e da alma

Um texto para os que se fazem jovens sempre, a lembrar da beleza da eterna juventude enquanto corpo e alma somos e estamos...
abraços fraternos,
Jorge Leão
Para os jovens do corpo e da alma

Ficamos aturdidos quando o tempo nos impõe seus limites. Mesmo sem compreender o porquê dos acontecimentos, reconhecemos que somos mortais. Resta-nos então a espera da poeira que baixa, quando a casa festivamente aguarda a chegada de mais um aniversário.

Do mesmo modo, o sorriso deixado pelo amigo que se foi. As lembranças guardadas no baú da saudade. Estes são, de fato, os fatos que se transformam em versos de amor, e abrandam o sentimento de incompletude deixado pela inexorável passagem do tempo.

E o que dizer de nosso corpo, que se perde como as folhas secas do outono? O sereno cuidado dos braços maternos, segredo incontido dos tempos de infância, acaba por desnudar a alma da mais pura beleza da vida. É quando descobrimos que ganhamos e perdemos muitas coisas na vida...

O mistério de um abraço apertado, o doce segredo da primeira paixão, o chocolate escondido atrás da poltrona da sala, os pés sujos de lama, os cabelos molhados depois de um inesquecível banho de chuva, a ansiedade para amanhecer no dia de Natal e abrir os presentes, a vela acesa na sala quando a energia da casa faltava, o cheiro da terra depois da noite chuvosa. Esses são momentos de fecundidade, que traduzem nosso pertencimento ao perene estado de ser jovem.

Ser jovem... Um jovem de vinte e poucos anos, ou mesmo um com os seus cinqüenta, ou quando a juventude aflora em sua magnitude aos oitenta. Não importa o período, o número, a extensão, a medida. O que vale mesmo é a saudade. Por isso, é bom lembrar vivamente o passado presente e esquecer o futuro. O passado não presente precisa ser mesmo passado, e esquecido, pois desprovido de vida.

Os tempos gramaticais pouco contam aqui, quando o que nos mantém vivos é a umidade da terra, prenhe de sinais fecundos, aptos para mais uma primavera chegando. Muitos jovens do corpo envelhecem antes do tempo, pois não têm tempo de ter saudade. São os tempos modernos, dizem os especialistas.

Embora reconhecendo a velocidade do ritmo urbano que nos consome, é possível ainda ouvir alguns sons divinos, é quando sobrevivem no fundo da terra os segredos inesgotáveis dos que se fazem jovens da alma. Talvez o encantamento divinal mais plausível seja o som da eterna juventude que bombeia nossos corações, levando para o corpo a vitalidade cristalina de uma voz milenar, a nos dizer: “viva intensamente cada momento de cada dia”...

Talvez resida aí o segredo do envelhecimento natural. E a irresistível vontade de buscar a fonte de água pura, nas montanhas preciosas da liberdade pelo amor. Quando perguntaram a um mestre iluminado como fazer para alcançar a sabedoria, ele respondeu: “respire profundamente e sentirás a energia da vida, assim terás a sabedoria como companheira”.

Ou seja, o grande mistério da felicidade reside nas coisas mais simples, mais singelas, lavadas com a água da verdade e com o perfume da sinceridade. Pior caminho é esquecer de caminhar. Pior veneno é não amar.

Melhor então é respirar com consciência e ouvir a incansável sinfonia da natureza. Já podemos cantar o hino da felicidade, pois o segredo da eterna juventude reside dentro de nós mesmos. Qualquer busca será em vão, se esquecermos de viajarmos para dentro de nós mesmos. Nesta viagem embarcam os jovens do corpo e da alma, eternos habitantes do reino das graças de Deus.

Jorge Leão
09 de janeiro de 2009

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Roteiro para avaliação por meio de Seminário

Apresento aqui um breve roteiro para trabalhar com avaliação por meio de um Seminário...

Roteiro para atividade com Seminário

1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DOS CONTEÚDOS
(o professor deve expor a fundamentação teórica nas aulas expositivas)

2 - PROBLEMATIZAÇÃO
(aqui o professor poderá trazer questões relativas a uma possível aplicação dos conteúdos com questões contemporâneas, ou ainda trazendo um texto, um filme, ou uma dinâmica de grupo para ilustrar o que foi fundamentado, e isso para qualquer disciplina)

3 - DIVISÃO DA TURMA
(poderá ser feita conforme o número de alunos por sala, o correto é não passar de seis alunos por equipe)

4 - O ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO
(o professor deve frisar a importância do grupo trabalhar os problemas em conjunto, evitando com isso a fragmentação em partes, cada aluno "decorando" a sua, e perdendo de vista o todo, e as demais equipes, inclusive; isso dependerá muito de como o professor fundamentou o conteúdo, pois se sua visão também for fragmentada, a tendência será os alunos reproduzirem esse modelo reducionista)

5 - A AVALIAÇÃO DO SEMINÁRIO
( o professor deve propor que as equipes, depois de suas apresentações, socializem na escola os resultados dos trabalhos por meio de uma exposição no pátio, indicando possíveis soluções para os problemas levantados no estudo).

Bem, penso que esses são pontos fundamentais para o desenvolvimento de um bom seminário,

abraços,
Jorge Leão